terça-feira, fevereiro 27, 2007

Sempre um renascer

Contracanto


Quando me ouvia muda
A caminhar passos cegos
Eis que surge um acorde
A me reanimar os sentidos
A me reacender a mulher

Que bom que veio!

Decorei o teu fonema
E a todo momento o repito
Em contracanto contínuo
Dentro do meu coração



O texto é meu e a foto é do meu Zé

sábado, fevereiro 24, 2007

Os Filhos de Ghandi



É lindo de ver o bloco a formar um tapete branco, desfilando na avenida. É lindo de ver. Uma das poucas coisas que ainda fazem o carnaval de agora valer a pena.
O meu filhote Gabriel, é o mais animado (além de ser o mais bonito de todos, modéstia à parte), na frente e à esquerda das fotos.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Enfim, acabou a folia!

Ainda restam a ressaca e os arrastões pela cidade, demonstrações de que sete dias ainda são poucos, muito poucos. Haja energia pra tanto!






Embora o calendário nos informe diferente, é agora que o ano realmente se inicia, pelo menos aqui na Bahia.

Quais serão os planos pra esse ano que começa?

sábado, fevereiro 17, 2007

UMA SEMANA DE FOLIA

"JÁ É CARNAVAL, CIDADE, ACORDA PRA VER...." Jerônimo (Compositor baiano)




ParoAnoSaiMilhó é o que ainda há de muito bom nesse carnaval de Salvador, no Pelourinho e no Rio Vermelho, sábado e segunda-feira



Blocos afro, segunda melhor opção - beleza no visual e no som



Os trios, onde o povão não tem vez




Blocos de trios e o império dos empresários por trás. O povo perdeu seu espaço pra brincar o carnaval. Que pena!

fotos tiradas da NET

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

14 de Fevereiro


Naquela última noite
Várias luas iluminavam
O quarto
Pequenos lumes aqueciam
Os corpos

E na memória da pele...
...a tatuagem de um amor
Bem maior que qualquer oceano



Feliz Dia dos Namorados!!!!!!





Do lado de cá do oceano o Dia dos Namorados acontece dia 12 de junho

O texto é meu e as fotos são de Zé


sábado, fevereiro 10, 2007

Queria viver em um farol bem aqui no Cabo da Roca. Foi paixão à primeira vista.




Como sempre, a poesia pelos olhos do meu Zé




Podia ficar horas com o olhar perdido diante de tanta beleza








sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Resenha de uma viagem anunciada

1. A festa nas nuvens

A ansiedade e o desconforto de estar num avião logo foram dissipados assim que encontrei o meu Zé à minha espera, naquela primeira nuvem à esquerda. Ele me acompanhou e sossegou o meu coração até o fim da viagem. Se por educação tenha convidado todo mundo, perdoem. A festa era mesmo e somente pra nós dois.

2. A mala se perdeu

Já a pisar em solo português, tive a primeira grande emoção.... o sumiço da minha mala. Quatro passageiros e eu ficamos mais de 45 minutos a espera das bagagens que não apareciam. Resolvemos ir ao “Perdidos e Achados”. Fui atendida por uma moça muito astuta que, ao examinar o meu ticket referente à esteira de número 6, sugere a possibilidade de ter havido uma inversão e as bagagens terem ido parar na esteira de número 9. E foi o que realmente aconteceu. Enfim, a minha mala!

3. Estaria o meu Zé à minha espera no aeroporto?

Estava sim. Pensem numa bateria de escola de samba dentro do peito. Era assim que batia o meu coração. Por uns breves momentos ficamos sem saber o que dizer, como olhar, mas logo pegamos o jeito e nos entregamos como tinha que ser. Durante os dez dias juntos, vivemos dez anos em intensidade.


4. O encontro com a minha linda amiga-poema

Ela era como imaginava. Mas ainda me surpreende como pode uma única pessoa conter tanta poesia? Parecia que já nos tínhamos visto há anos. Confirmamos a admiração e amizade, uma pela outra. Trouxe a APC comigo, de volta para o Brasil, e aqui fico a esperar que continuemos, até sempre, a alimentar esse contato tão importante e necessário a ambas.


5. Meu tão querido amigo (um outro Zé) e o nosso breve encontro

Foi muito bom conhecer pessoalmente esse já amigo! Dei pra ele uma camiseta das minhas, conversamos um bocadinho, trocamos um forte abraço e ele voltou pra sua cidade.... também uma cidade-poema, de tão linda que é.


6. Meu amigo Arthur, um querido

Mais um com quem pude constatar o quanto a NET pode aproximar as pessoas e nos dar a noção exata de quem e de como elas sejam. Arthur era tal e qual o imaginava. A surpresa ficou por conta do azul dos olhos que pelo MSN nunca pude ver com clareza.


7. Poderia citar cada um dos amigos com os quais adoraria ter estado pessoalmente, mas seria perda de tempo. Adoraria ter estado com todos com quem troco emoções, quase que diárias, sejam de tristeza ou de pura alegria. As oportunidades surgirão, aqui ou aí. Continuemos com as nossas conversas.


8. Um presente da minha amiga Graça

Foi conhecer a sua irmã Rosane, que já vive há 17 anos em Portugal, e que por sua vez tem uns amigos pra lá de interessantes. Zé e eu passamos bons momentos de um domingo muito divertido e animado, em sua casinha pequena mas repleta do astral do Brasil, como bem pode-se notar na foto sacada pelo meu Zé.
9. O dia da volta

A separação foi tão imaginada antes e durante, que na despedida nem choramos mais. Lisboa chorava por nós dois.
Na minha chegada só havia uma réstia de sol, acima das nuvens. Meu Zé encomendou e registrou pra mim. Quando o meu avião levantou vôo, o sol também estava lá, escondidinho, tímido, talvez triste, mas apareceu pra me dizer um até breve (outra encomenda do meu Zé). E quando nos aproximamos de Salvador, lá estava ele a se por. Cada raio intenso me fazia sentir bemvinda.

10. A volta

Imaginem a pior viagem de oito horas que alguém possa fazer ..... imaginaram? Agora saibam que a minha conseguiu bater todos os records e deveria, por justiça, fazer parte integrante do Guiness Book.

Depois de muito tempo sem que nos chamassem para o embarque e sem que nenhuma satisfação nos fosse dada, um portuga muito esquentado começou a gritar e chamar a atenção de todos. Aos berros, dizia que já não havia aeronave e que ninguém iria para o Brasil naquele dia. Podem imaginar o circo que se formou em volta dele e das pobres funcionárias da TAP, que ali se encontravam a dar a cara para bater. Com muito custo, fomos informados que fora detectado um problema no avião e que iríamos voar através de uma companhia chamada White (diga-se de passagem, desconhecidaaté para os portugueses ali presentes). Nova onda de descontentamento, indignação, vozerio, impropérios.....o CAOS!

Depois de muita "conversa" decidimos embarcar, tal carneiros em direção ao abate.

11. A "aeronave"

Agora, peço que imaginem o comboio do inferno....... já imaginaram?

Pois.

Foram as piores oito horas já vividas por mim, nesses meus cinquentinha. O serviço, bem meia-boca. O espaço interno lembrava bem um carro de nome Gordini, que meu irmão mais velho tinha aos seus 18 anos. A minha claustrofobia gritava dentro de mim e concorria com o pavor provocado pela constante turbulência. Enfim, quando chegamos em terra, o aplauso foi efusivo e geral!!!!!!!!!!!

Ô, minha gente, passei dez dias de sonho que não mereciam tal desfecho.

Mas, já sou grandinha pra saber que nem tudo na vida pode ser cor-de-rosa. Ainda assim, não desejo isso nem pra o Bush.