Sabe mãe, depois que fiz estas duas Mandalas, assim lado a lado, fiquei a pensar que não foi à toa.
Como bem sabe, gosto de ouvir música enquanto trabalho. E ouvia um CD do qual gosto muito, Over En de Kari Bremnes. Ela é norueguesa, dona de uma voz linda! Os arranjos são perfeitos, com muita melodia. E apenas ouvia, mas sem escutar, pois, como é lógico, não entendo sequer uma palavra das letras.
E isto me fez pensar que o desenho bem seria uma analogia da nossa relação de mãe e filha.
Quantas vezes te ouvi, sem escutar, mãe?
Quanto, de tudo que me dizia, me soava em idioma estrangeiro?
Somos parte uma da outra.
Sim, somos e assim o seremos até o fim de tudo, até à morte do último átomo. Mas somos mundos diferentes.
Ou éramos, até eu me saber mãe também.
De um certo tempo pra cá, sou eu aquela que fala e que não é ouvida. E, muito menos, escutada.
Que triste ironia!
Mas nem tudo está perdido.
Vê as duas Mandalas, mãe? Vê o quanto elas têm em comum? Vê as cores, as formas…?
O quê?
Se agora eu te escuto?
Sim, mãe.
Sempre.
Nas horas mais certas, escuto a sua voz a me dizer: “calma que vai dar tudo certo!”
E então, o meu coração se aquieta e se aquece.
As Mandalas são um presente de aniversário para a minha mãe que hoje completaria noventa e dois anos
Como bem sabe, gosto de ouvir música enquanto trabalho. E ouvia um CD do qual gosto muito, Over En de Kari Bremnes. Ela é norueguesa, dona de uma voz linda! Os arranjos são perfeitos, com muita melodia. E apenas ouvia, mas sem escutar, pois, como é lógico, não entendo sequer uma palavra das letras.
E isto me fez pensar que o desenho bem seria uma analogia da nossa relação de mãe e filha.
Quantas vezes te ouvi, sem escutar, mãe?
Quanto, de tudo que me dizia, me soava em idioma estrangeiro?
Somos parte uma da outra.
Sim, somos e assim o seremos até o fim de tudo, até à morte do último átomo. Mas somos mundos diferentes.
Ou éramos, até eu me saber mãe também.
De um certo tempo pra cá, sou eu aquela que fala e que não é ouvida. E, muito menos, escutada.
Que triste ironia!
Mas nem tudo está perdido.
Vê as duas Mandalas, mãe? Vê o quanto elas têm em comum? Vê as cores, as formas…?
O quê?
Se agora eu te escuto?
Sim, mãe.
Sempre.
Nas horas mais certas, escuto a sua voz a me dizer: “calma que vai dar tudo certo!”
E então, o meu coração se aquieta e se aquece.
As Mandalas são um presente de aniversário para a minha mãe que hoje completaria noventa e dois anos
16 comentários:
Abraço-te. Muito. Forte.
Não tenho outras palavras.
Beijão enorme, AIC+T
Minha querida, como eu compreendo essa relação. E depois de a mãe nos olhar do céu ainda percebemos melhor o que nos une e aquilo que nunca nos separou...! Beijinho carinhoso, Lu
Amiga, só consigo dizer que és muito linda...
Beijo grande!
Fiquei sem palavras porque me revejo nas tuas.
Beijo grande, mas mesmo muito grande...
Lelete,
Ainda bem que vc consegue escrever nessas horas. A emoção e a saudade me levam ao choro, choro que não consegui ter no dia em que ela se foi. Sabia que o descanso seria o melhor a acontecer...
Aceite um grande beijo, pois ao beijar-te sei que ele chegará também até a minha Santa.
Um terno abraço
Lindo, Lelete.
Muito verdadeiro, sincero, emocionalmente forte e maduro. Que bom que você consegue "magistralmente" extravasar os sentimentos.
Infelizmente, ainda não pude verbalizar os meus, relativamente à nossa mãe. Há um bloqueio que espero não demore a ser implodido.
Um forte abraço de sua irmã
Lícia
Lelete, lindo..é tudo que posso dizer. Fico feliz que esteja expressando através da sua arte todos os sentimentos por minha avó. Minha mãe, como ela mesma disse acima, ainda não o fez e, embora nos tenha parecido reagir bem à partida de minha avó e tenha expressado pouco a sua tristeza, agora somatiza tudo em pequenos problemas de saúde. Desde maio, emenda uma coisa atrás da outra, está com a saúde frágil e isso me preocupa. Estamos fazendo o possível para ela se cuidar e melhorar logo. um beijo!
OI, Lelete!
Eu estou estreando aqui no seu blog, adorei o seu design, tudo está de muito bom gosto, inteligente e ao mesmo tempo, simples e delicado! Já ouvi as músicas e adorei ouvi-la cantando. Como é doce e melodiosa a tua voz, heim? e o teu repertório é sensacional prima!
Então, receba este meu carinho, foi bom te ver e saber que tu estás bem!
Beijos,
Tânia
Oi Lelete!
Adorei receber suas palavras de carinho; a ausência destes entes queridos nos deixam muito fragilizadas. Porém temos a certeza que Tia Ivany e Marcinha estão em Paz e em um lugar bem melhor e digno delas!
Gostei de saber notícias suas e o quanto está feliz em sua nova etapa de vida. Parabéns!!!! por tudo, a cantora e a pintora!!!!Faço minhas as palavras de Tânia.
Estaremos de agora em diante mais próximas, apesar da distancia.
Abraços carinhosos da sua prima Norma (Mona) e também Martinha manda beijos.
normalgbraga@oi.com.br
(Estou enviando pelo e.mail de tania porque eu não tenho google)
Li este teu post no sábado à tarde mas a Net ia fechar. Olha, sei que há dois "endereços" aqui, que há dois corações. Um de saudades outro de aflição, mas "Ela" tinha razão: VAI DAR TUDO CERTO. Sempre dá.
beijos LÊ
Fiquei sem palavras...És uma pessoa linda, linda, por fora e no mais importante, por dentro. A tua beleza interior é grandiosa. Um grande Bem Haja.
Abraço redondo :)
Deixo beijos nos corações de todos que aqui estiveram.
Oi Le, minha linda. Que saudades do tamanho do mundo!
Eu lembrei de sua mãe nesse dia tão especial, uma vez que minha mãe também completa mais um ano de vida nesse dia, pelo menos, uma das minhas mães, minha mãe Curitibana. rsrs
Amor que a gente sente por mãe é incondicional, mesmo que a gente não as escute no momento, as palaras delas vão fazer sentido uma hora ou outra e acho que elas sabem disso.
Um beijo MUITO grande com MUITO carinho.
Saudades
Minha filha de olho azul,
Em primeiro lugar, um beijo enorme em sua mamy (mesmo com atraso, ainda vale, não é?) e os desejos de uma vida longa, saudável e muito feliz. Diga a ela que eu sinto uma inveja boa pela filha maravilhosa que ela tem.
Um beijo enorme pra você, minha flor!
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