segunda-feira, outubro 30, 2006


Até sábado estarei numa parada para recarregar as baterias. Estou precisando de verdade.
Deixo aqui um beijo e uma linda flor (que ganhei de presente de um grande amigo) para quem por aqui passar.

sábado, outubro 28, 2006

Violão (2)


Do meu corpo cordas
Tira sons gemidos
Me confundem dedos
Velhos acordes, notas



Retas curvas falsas
Madeira pele que soa
Tons, arpejos em loa
Vibra compasso, pulsar



Vivo latejar
Maravilha ecoa



O texto e a tela são de minha autoria

quinta-feira, outubro 26, 2006

Convite


No mes de novembro, exatamente na primeira sexta-feira, dia 03, estaremos completando dois anos de apresentações lá no Aconchego da Zuzu. Nem preciso dizer que vai rolar muita música boa, muito caldinho de polvo, muita cerveja, muito abará com pimenta e a presença de muitos amigos músicos e suas canjas maravilhosas. Estão todos convidados. Os amigos da terra estão intimados. Aos amigos dalém mar, e outras paragens, fico devendo as fotos e quem sabe um vídeo, talvez.
Além da data festiva, fico muito feliz com a volta de Horácio Barros Reis, violonista e amigo que me acompanha desde o meu início de carreira, em 99. Ele precisou se afastar por um período de três meses, mas estará de volta no início do mes. Será, portanto, uma dupla comemoração. Aguardem. Quem viver, verá!
Para todos, grandes beijos musicais.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Muito obrigada pela força e pelo carinho



A vida, por diversas vezes, me mostrou que as coisas não acontecem exatamente quando a gente quer que aconteçam, mas sim quando é o momento certo para acontecerem. Após nove dias sem nenhuma notícia sobre Nazinho, entrego ao destino.

Deixo aqui, como modesta forma de agradecimento, uma flor pintada por mim, para cada um que por aqui passou e me deixou uma palavra de força e esperança. Beijos de primavera e música para:

Jorge P. G.

Freyja

Filipe Freitas

Pitanga (Super) Doce

Tá Rebocado

Miguel (Copa-Rota)

Pensamentos Vagabundos

Frog (lindo poeta)

Mamito ( doce pessoa)

Eduardo

Ghiza Rocha

Moonshinne (Linda poetisa)

O Sibarita

Blueshell

Salvador

Kalinka

Ana Luar

Armando

Lâmina d'água (querida Cris)

P. Guerrreiro

Sonia

Talk Talk

Bernardo da Maia ( e sua Lammy)

Arte Minorca (lindinha Lu)

Déa (amiga Soteropolitana)

Grentea

Bazuco

Luis

André

Barão da tróia II

Viajante (do querido Trans-Atlântico)

Desambientado (querido Félix)

Teresa Durães

Rodolfo Natiello

Mar e Serra

APC (querida amiga)

Woman's secret

Poetaeusou (o poeta invisível)

as queridas Xica e Era Uma Vez Um Girassol, por me proporcionarem conhecer os doces, prestativos e maravilhosos Mário Relvas, Victor Simões, João Lourenço e Armando Magno, homens que fazem um fantástico trabalho junto às Tropas de Elite do Exército Português.

domingo, outubro 15, 2006

Resgate de uma linda paixão que durou uma guerra







Hoje, tirei o dia para selecionar material com o fim de alimentar o meu blog no Multiply e me bati com fotos que me levaram para uma linda história, inacabada, lá nos anos 70, durante a guerra entre Portugal e Angola. Eu era muito menina e, não sei como, minhas amigas e eu começamos a nos corresponder com rapazes portugueses que lutavam. Logo no início, as amigas perderam o interesse e eu continuei. Narciso (Nazinho) e eu iniciamos uma conversa que durou um bom tempo. Nos apaixonamos de verdade. Era um sofrimento, uma espera, uma ansiedade pelas cartas que pareciam demorar séculos pra chegar. Trocamos fotos. As dele são essas que aqui postei, onde fiz questão de deixar as dedicatórias. Enviei duas minhas. Uma, disse ele, ficava no bolso esquerdo, junto ao seu coração. Da outra, ele recortou o meu rosto e colou sobre o relógio a fim de que o vidro não refletisse a luz do sol no meio da mata.

Fiz uma sofrida viagem no tempo. Lembrei do que senti, do que chorei e, se duvidar, as mesmas lágrimas tornaram a cair sobre o meu rosto.

Pouco antes de cessar o conflito, as cartas também pararam. Escrevi para os endereços dos correspondentes das minhas amigas, mas não obtive resposta alguma.

Não soube se perdi Nazinho para a vida ou para a morte. Nada soube. Nada sei.

Faço aqui um apelo a quem souber como posso obter informações. A quem me dirigir, onde e como. Peço como quem pede uma ajuda a um irmão ou a um grande amigo. Por favor, quem souber, me dê essa força.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Violão (1)

Vem, companheiro das horas
Vem deitar em mim suas notas
Dedilhadas e amorosas
Verdadeiros poemas
Em som magnífico

(Texto e tela de minha autoria)

terça-feira, outubro 10, 2006

Volta por cima


Hoje (um novo dia), venho me juntar à ginga do malandro e, fazendo uso um pouco do seu invejável jogo de cintura, arrisco uns passos ao som do mais puro samba brasileiro.

Volta por Cima (Paulo Vanzolini/ Noel Rosa)

Chorei
Não procurei esconder

Todos viram, fingiram

Pena de mim não precisava

Ali onde eu chorei qualquer um chorava

Dar a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava

Um homem de moral não fica no chão

Nem quer que mulher lhe venha dar a mão

Reconhece a queda e não desanima

Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima

Reconhece a queda e não desanima

Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima

sábado, outubro 07, 2006




Hoje quero compor uma letra
Que somente fale do amor
Que não chegou a acontecer

Quero cantar uma música
Como quem chora uma perda
Como quem chora o amor
Que só eu sonhei acontecer

E amanhã, dormirei a noite inteira


(Sou eu escrevendo pra mim mesma. Esse é o meu jeito de exorcizar o que não pode mais habitar dentro de mim)

quinta-feira, outubro 05, 2006

SANTOS (III) - Menino Jesus de Praga pintado sobre camiseta

Para mudar o rumo da prosa (porque o post anterior já deu o que tinha que dar e, portanto, vamos esquecê-lo, antes que dê mais pano pra manga)

quarta-feira, outubro 04, 2006

O virtual casual

Eles se conheceram na internet, lendo comentários um do outro em blogs de amigos em comum. Daí, ele botou os olhos no e-mail dela e em pouco tempo já trocavam confidências e juras de amor. Trocaram fotos. Ele pediu close dos pés dela. Ela pediu das mãos dele (haja fetiche!). Ficaram tão íntimos e chegados que só faltava mesmo o corpo-a-corpo, já que almas e corações já estavam, há muito, lado a lado.
Ela canta, ele é poeta.
Quiseram se encontrar. Chegou o dia esperado. Foram ao lugar marcado. Nem demoraram cinco minutos. Voaram pra o lugar só dos dois. Levaram junto a vontade, o desejo, o tesão, as promessas, juras, confidências, segredos, trilhas sonoras na voz dela, e poemas de amor nos bolsos dele.
Quando, enfim, se entregaram ao abandono da exaustão, trocaram intermináveis olhares, longos suspiros e leves carícias.
Ela adormeceu e sonhou mais um sonho com ele.
Ele não dormiu. Correu para o computador. E teclou: “Oi, muito bom o seu blog. Exala sensibilidade e feminilidade. Você é uma mulher encantadora, vou voltar mais vezes para....”
Era mais uma conquista. Estava na hora de se enamorar mais uma vez.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Paixão


Amo tua voz e tua cor
E o teu jeito de fazer amor
Revirando o olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar.
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar.
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém.


Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume,
Faz que tenta se matar.
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia.
E essa aventura em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar.


Tens um não sei quê de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou.

Paixão - Letra que diz tudo numa música lindíssima dos irmãos instrumentistas, cantores e compositores, os gaúchos Kleiton e Kleidir