terça-feira, agosto 26, 2008
Amor de Bailarina
Eles eram colegas de escola, desde o jardim de infância.
Cresceram juntos, moravam na mesma rua.
Apesar de tanta proximidade, eram invisíveis (um para o outro) até que os hormônios bateram às suas portas.
Despertaram (um para o outro) como quem emerge de um longo período de amnésia.
Descobriram-se.
Por ela, ele esquecia até das famosas partidas de futebol com os amigos.
Por ele, ela até faltava a algumas aulas do tão adorado balé, iniciado desde a mais tenra idade.
Mas, a vida tratou de separá-los. A família dele mudou-se para outro Estado.
Após um curto período de choros e promessas e juras, cada um rendeu-se aos apelos externos. Namoraram outros amores. Casaram com outras paixões.
Ele, sempre muito estudioso, formou-se com louvor e seguiu a carreira de Direito.
Vivia pela sua profissão e a abraçava como se fosse a mulher amada (talvez por não ter esquecido completamente aquela colega-vizinha, por quem sentiu bater o seu coraçãozinho pela primeira vez).
Ela, sensível às artes em geral e possuindo mesmo alma de artista, entregou-se ao balé clássico (uma entrega total, de alma e corpo, talvez por não ter esquecido aquele colega-vizinho, por quem sentiu bater o seu coraçãozinho pela primeira vez).
E o destino, em uma das suas divertidas manobras, resolve reunir os dois em um mesmo local, na mesma hora e minuto e segundo: a floricultura.
Ela ia comprar orquídeas para levar ao aniversário da irmã do seu ex-marido.
Ele ia comprar rosas brancas para levar ao aniversário da ex-sogra.
Reconheceram-se imediatamente apesar de já não serem mais os colegas-vizinhos daqueles anos 70. O tempo foi camarada e pouco ou quase nada alterou os traços em ambos os rostos.
Conversaram animadamente, como se tivessem separados há apenas uns meses. Trocaram telefones e breves informações esclarecedoras a respeito do viver da cada um. Iam retomar o contato... Após o breve encontro, esta era a frase que cada um repetiu mentalmente.
Retomaram o contato. Como amigos, iam a jantares, a festinhas, a cinemas e peças de teatro.
Ele comparecia a todas as apresentações do balé dela.
Ela estava presente em todas as partidas de futebol do time dele.
Tudo fluía leve entre os dois. Sentiam-se felizes como nunca.
De vez em quando, havia alguns olhares lânguidos, desejosos, insinuantes, mas nada passava desse ponto....era como se um ficasse à espera que o outro tomasse a iniciativa. Iam namorar.... Após cada encontro, esta era a frase que cada um repetia mentalmente.
Iniciaram a fase de namoro. Beijos apaixonados e intermináveis. Abraços tórridos e intensos...Tudo caminhava para o encontro maior entre os dois.
Marcaram a noite e se prepararam com esmero.
Primeiro, um jantar leve e impregnado de uma expectativa imensa. Depois, o caminho até a casa dela (que pareceu ser mais demorado do que nunca). E, finalmente, a chegada aonde aconteceria a entrega total entre os dois.
Sim, sei que pode parecer último capítulo de novela ou o ápice daqueles contos das edições de bolso das bancas de revista, mas...
Já na cama, ele foi despindo peça por peça até que ela ficasse completamente nua em sua frente. Era um momento mágico. Parecia que nada mais existia no mundo, além daquele quarto. Ele passeou os dedos em cada centímetro do corpo dela, ao tempo em que pensava nunca ter visto antes criatura mais perfeita e bela... Até parar nos pés da bailarina.
Desconcertou-se e sentiu que lhe faltava o ar. De um salto, levantou da cama, foi até a janela e respirou fundo... O mundo voltou a existir e acabou por cair em cheio em sua cabeça.
Vestiu-se, sem dizer palavra. Saiu do quarto, da casa e da vida da bailarina.
Ela ficou... Congelada nas sensações e emoções.
sexta-feira, agosto 22, 2008
quinta-feira, agosto 21, 2008
No JARDIM do Mundo
Somos todos como as flores.
Variam as cores, os perfumes...
Na essência, somos delicados
Como as pétalas das rosas.
Ainda assim, teimamos em machucar, ferir, prejudicar (principalmente) a nós mesmos e (frequentemente) aos mais próximos (filhos, pais, irmãos....).
É preciso que deixemos de olhar o mundo
(... Através de tão acanhada fresta)
Pelo ponto de vista do próprio umbigo.
O nosso olhar (quando não contaminado pelo rancor, ódio, raiva, ressentimentos e egoísmo exacerbado) enxerga
Além de até onde a vista alcança.
Desamor próprio é pior que as farpas de um arame
Estas farpas atuam como elos que formam uma corrente
Que prende...Impedindo os movimentos, as caminhadas,
os vôos, os sonhos, os desejos, o reconstruir a vida...
Fazendo sangrar as pétalas.
quarta-feira, agosto 20, 2008
O nosso dia 20
sábado, agosto 16, 2008
Na próxima sexta, lá na Zuzu, vou cantar pra Dorival!
sexta-feira, agosto 15, 2008
Duas dicas
Ouça e se delicie com o som do Grupo Zé da Guiomar - Samba e Bossa
Belo Horizonte- Minas Gerais
Esta fantástica tela de JB Lazzarini é a capa do CD deste grupo maravilhoso
Belo Horizonte- Minas Gerais
Esta fantástica tela de JB Lazzarini é a capa do CD deste grupo maravilhoso
Assista ao "Caçador de Pipas"..... Vale muito a pena
quarta-feira, agosto 13, 2008
sábado, agosto 09, 2008
2º Domingo de Agosto = Dia dos Pais (do lado de cá do Atlântico)
Neste dia
Quem tem o pai presente
Pode dar um abraço forte
Um afago
Um beijo na testa
Um carinho sorridente
Deixo aqui o meu abraço forte pra Arlindo, Luiz Fernando, Ivaldo, José Augusto, Juraci, Nelson, Marcus, Horácio Barros Reis, Diego Bruno, Pedrinho, Cleudson Passos, João, Marco Pereira, Nelson (O Sibarita), João Barroso, Clóvis Pondé, Clóvis Filho, Roberto, pra todos os pais que por aqui passarem e um muito especial, silencioso e invisível, para o meu pai (sem atrapalhar muito, pois sei que nesse momento ele deve estar a fazer o parto das estrelas)
quarta-feira, agosto 06, 2008
E se a partir de hoje proibissem as flores e os jardins....?
E pensar que na China já foi assim!
Imagina só.... Dentre uma vasta lista de proibições imposta aos chineses pelo regime, constava o impedimento ao cultivo de flores e jardins. Aquele que se rendesse ao culto ou, simplesmente, à admiração da beleza seria passível de terríveis constrangimentos e castigos.
Dá pra imaginar casas, vilas, cidades.... um país inteiro sem o verde, sem as cores, sem os perfumes, borboletas, passarinhos....?
Dá pra imaginar um povo proibido de ter acesso e de dar vazão à arte?
Dá pra imaginar um povo proibido de pensar, de criar, de crescer através da cultura, da literatura?
Só não dá pra entender como é que o povo chinês, que já passou por tantas, permite que o governo continue a reprimir a liberdade política e religiosa do Tibet.
Creio que já vimos um filme assim em um cinema MUITO PERTO DA NOSSA CASA.
Cabe a cada um de nós a luta contínua a fim de que este filme não venha a ser reeditado.
Como AINDA me é permitido o culto à beleza, estou ansiosa pela abertura dos jogos olímpicos, na próxima sexta-feira. Deverá ser um espetáculo e tanto!
Viva a FLOR!
Viva a liberdade!
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