domingo, junho 18, 2006

Quando tiver show, não perca!


Duo Barros Reis

O duo de violão Horácio César e Leonardo Barros Reis, tendo como belo exemplo o pai que também executava o instrumento, iniciou bem cedo o contato com a música - Com 12 e 11 anos de idade, respectivamente - através do bandolim e logo em seguida com o instrumento que se tornou definitivo nas suas carreiras.

Com um repertório que une o erudito ao popular, a dupla chama a atenção à primeira audição, arrancando aplausos efusivos da platéia em suas apresentações. A mesma emoção pode ser sentida fora dos shows quando escutamos os dois CDs já gravados pelo Duo.

O primeiro álbum – premiado com o Troféu Caymmi/2003, como melhor CD Instrumental - é composto por 11 faixas, todas com arranjos de Horácio e Leonardo. Há desde composições próprias, como Valseana e Samba da Madrugada, a releituras de clássicos do Naipe de Sons de Carrilhões (João Pernambuco), Bebê (Hermeto Pascoal) e Assum Preto (Luis Gonzaga e Humberto Teixeira). Essa última, aliás, abre o Cd em grande estilo, com um Prelúdio Composto por trechos da Marcha Fúnebre de Ravel, e das Bachianas N 5 de Villa Lobos. Participam do CD o renomado violonista costa riquenho Mario Ulloa, o pianista Marquinho de Carvalho, o trompetista Wellington Mendes, o saxofonista Vincent Penasse e o percussionista Pedro Sergipano.
Em Brasileiríssimo, o segundo CD, os músicos também oferecem ao público um repertório variado. Com excelentes arranjos e interpretações podemos ouvir sete composições da dupla, com destaque para o contagiante Frevo (Horácio) e o balançante Samba Metais (Leonardo), além de temas como São Jorge de (Hermeto Pascoal), A Ginga do Mané (Jacob do Bandolim), Forró Brasil (Hermeto Pascoal), Tapioca (Paulo Gondim) e Prelúdio e Corrente (Vivaldi). Há as presenças dos convidados Vincent Penasse (sax soprano e flauta), Márcio Dhiniz (bateria), Israel Ramos (baixo), Ricardo Marques (bandolim), Ênio Taquari (pandeiro, percussão e efeitos), Haydson Oliveira (pandeiro e triângulo) e as participações especiais de Marquinho de Carvalho (piano) e Marco Pereira (violão).


Paroano Sai Milhó

O Paroano Sai Milhó foi criado em 1964 pelo já falecido Engenheiro Antônio Carlos Mascarenhas. Após a sua morte, seu irmão Chico Mascarenhas vem mantendo a tradição, ao lado de outros amigos.

É formado por músicos envolvidos em outras atividades profissionais durante o ano mas que, travestidos de palhaços e pierrôs, se reúnem e atuam em festas como São João, Natal e outros eventos além do carnaval. Cantando no gogó, em formato de ciranda, de estandarte em punho, utilizando instrumentos de percussão, como timbau, surdo e pandeiro, violão e banjo, as vozes masculinas, com seus rostos pintados, levam ao público uma mensagem lúdica, conquistam as pessoas, arrancam sorrisos, emocionam e contagiam pelo som totalmente acústico e o excelente repertório musical.

O Paroano já lançou um DVD e diversos CD's independentes que podem ser encontrados em lojas como a Pérola Negra e a Mídia Louca.

O coro de vozes, acompanhado de instrumentos de cordas e percussão, é uma referência de alegria e paz na folia baiana. É um sensacional prazer percorrer as ruas e ladeiras do Pelourinho ao som deste grupo que, como já disse Caetano Veloso, é "O oásis do carnaval baiano".


Grupo Mandaia

Sambas e choros de importantes compositores, como Roque Ferreira, Nelson Cavaquinho, Dorival Caymmi, Batatinha, Cartola, Sinhô, Paulinho da Viola, Pixinguinha, e adaptações das experiências com ritmos nordestinos de Egberto Gismonti e Hermeto Paschoal fazem o repertório do grupo Mandaia.

Formado por músicos experientes da cena local como Ailton Reiner (bandolim e cavaquinho), Hélio Gazineo (violão), Lula Gazineo (violão), Sérgio Coentro (percussão) e Elisa Goritzki (Flauta) o grupo interpreta clássicos com arranjos novos elaborados pelo diretor musical Lula Gazineo e costuma receber convidados como Joatan Nascimento, Banda de Boca e Tuzé de Abreu.

Mandaia trata-se de um neologismo criado por Lula Gazineo que remete ao formato circular da mandala que, por sua vez, lembra as tradicionais rodas de choro.

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